O debute do Procurei em Sonhos

Pra menina com coração rebelde

Laranja Lima: Minha papelaria online preferida

[Resenha] – O Lago Místico

Em “O Lago Místico”, de Kristin Hanna, publicado recentemente pela Editora Novo Conceito, conhecemos Annie, uma mulher que sempre se dedicou em ser esposa e mãe. Ela não sabe ser outra coisa e o que a mantém viva é cuidar, proteger e se preocupar com quem precisa. A vida segue esse fluxo por vinte anos e parece que está tudo bem. Porém, sua única filha decide fazer um intercâmbio para a Inglaterra antes de entrar para a faculdade e no caminho de volta para casa uma surpresa: seu marido ama outra mulher. O que sobra? Nada. Tudo o que ela construiu não passa de mentiras. Ela se sente arrasada. O que fazer? É esse trajeto entre o tudo e o nada que a autora nos proporciona.

Esse foi o primeiro livro da autora Kristin Hanna que eu li. Acredito que as minhas expectativas estavam um pouco altas em relação a escrita dela e nesse quesito não me desapontei – a escrita dela é gostosa e quando você percebe já leu mais de cinco capítulos – porque ele simplesmente flui. Como esse era o meu primeiro contato me deixei levar pela história de Annie, uma mulher que sempre se dedicou a sua família. A história estava caminhando bem, a narrativa me fez relembrar dos meus tempos de “Sessão da Tarde” onde tive o privilégio de assistir filmes onde as protagonistas precisavam retornar para a cidadezinha de onde haviam saído por conta de algum problema. E nesse clima envolvente de infância fiz minhas expectativas.

A história é boa, de verdade. Mas as últimas cem páginas do livro eu me vi completamente perdida. Juro. Não parecia a mesma história e isso foi bem frustrante. Depois que acabei de ler fiquei com uma cara de confusa, porque o final foi confuso. Para “amenizar” essa frustração, nas últimas páginas do livro tinha uma entrevista da autora explicando o final. Não adiantou, a minha raiva ficou clara e evidente. Esperava bem mais.

Depois de descobrir que seu marido estava apaixonado por outra, Annie entra em uma depressão profunda e depois de não aguentar mais ficar na casa onde tudo lembrava o seu “casamento perfeito”, decide visitar seu pai na pacata cidade de lenhadores que cresceu. A cidade parece estar do mesmo jeito que ela se lembrava e isso dá uma sensação de aconchego que Annie tanto precisava. Ela passa dias na cama e seu pai Hank, um lenhador que adora usar frases de para-choques de caminhões para aconselhar, ele a convence a ir ao médico. A depressão é diagnosticada, porém o doutor não quer medicá-la, para que ela não se torne dependente, sendo assim, ela precisa achar sua própria motivação para seguir em frente.

Na mesma cidade Nick Delacroix, o melhor policial da cidade e amigo de colegial de Annie, anda passando por uma fase de luto. Sua esposa faleceu alguns meses atrás e ele está se afogando na bebida. Deixando sua pequena filha Izzy desamparada. Enquanto Nick vai afogar as mágoas em doses de Wisky, Izzy está se fechando em seu mundo. Deixou de falar com as pessoas e acredita que está literalmente desaparecendo. A autora consegue descrever magicamente a dor dos personagens, me deixando com lágrimas nos olhos durante vários trechos.

Depois de uns dias sem ânimo para nada, Annie decide que precisa mudar o corte de cabelo, pois sempre quis ter cabelos mais compridos, mas por seu marido gostar deles compridos, o manteve daquele jeito por anos. Estava na hora de mudar. E como cidade pequena não tem segredos, é a cabeleireira que conta o drama vivido por Nick. Ela se vê em um impasse, pois seu desejo de ajudar aquela família irá ajudar a curar sua própria dor. E é nisso que ela acredita, ela precisa ser mãe. Esse é o seu dom. Cuidar dos outros. É nisso que ela é boa. Então, ela vê a oportunidade bem na sua frente e a agarra.

É um livro tocante, marcado por passagens bem significativas e que como já citei antes, me deixaram com lágrimas nos olhos. Principalmente quando Izzy está presente. Mas o final me deixou totalmente chateada, o que fez com que boa parte da história se anulasse completamente. Definitivamente, não foi como nenhum dos filmes da “Sessão da Tarde”. Essa foi a minha primeira experiência com essa autora, mas pelo que li esse foi o pior livro dela até agora. Pretendo ler outros dela para poder comparar de verdade.

Editora: Editora Novo Conceito

ISBN: 9788581635811

Autor(es): Kristin Hanna

Páginas: 368

Ano:2014

Skoob | Orelha de Livro

* Livro cedido para resenha pela editora. 

* Resenha por: Roberta Ferreira

Comente este post!

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • Jacqueline Braga

    Oie Roberta
    Só ouço elogios as obras da Kristin, mas nunca li nada dela.
    Pelo visto a trama se perde um pouco e fica confusa. Sei como é se sentir perdida durante a leitura, totalmente frustrante.
    Vou tentar começar por outro livro dela.
    Parabéns pela resenha super sincera
    bjos
    http://www.mybooklit.com

    responder
    • Roberta

      Oi Jaque, eu também só ouço elogios, mas esse livro foi um dos piores que ela escreveu e por outras resenhas que li dele escritas por pessoas que amam a escrita dele, esse foi bem decepcionante =( Comece por outro! HAHAHAHA

      Obrigada pelo carinho <3
      Beijos, Rob

      responder
  • Thales Soares

    Pena que não gostou muito, mas parece que os outros livros dela são melhores que esse.

    http://criativare-leitura.blogspot.com.br/

    responder
    • Roberta

      Oi Thales, sim, esse foi o pior até agora pelo que eu soube dos leitores que amam essa autora. Triste, pois foi com esse livro que ela começou. Então, fico feliz que ela tenha desenvolvido e aprimorado a escrita dela com o passar dos anos. Esse não me agradou, mas espero ler outros dela em breve 🙂

      Beijos, Rob

      responder
  • Fabrica dos Convites

    Oi Roberta, eu sou fã da autora. Já li 3 livros dela e gostei de todos, um inclusive terminei ontem. Mas este eu ainda não li. Sei como ela é boa em nos emocionar.
    Bjs, Rose.

    responder