[Resenha] – Arthannya

Em “Arthannya” conhecemos a história de Lúcia e Toran, e posso adiantar que é de tirar o folego. Através da leitura descobrimos que o amor é sim capaz de superar grandes barreiras, principalmente quando trata-se de mundos diferentes. O livro toca e emociona do inicio ao fim, e nos lembra de valores que algumas vezes são esquecidos. Um prato cheio para quem é fã de um bom romance!

Lúcia mora em minha cidade (Campinas – interior de SP) e me senti conectada a ela do inicio ao fim da trama. Filha adotiva de uma família muito humilde, nunca tivera muita vontade de conhecer suas origens e evita assuntos que abordam esse tema. Gostei bastante da personalidade de Lúcia, uma jovem decidida, que correu atrás de seus sonhos, tem um bom emprego e valoriza ao máximo sua família e amizades. Ela é a típica personagem que inspira; se um dia eu conquistar um pouco do que Lúcia teve durante sua batalha, estarei feliz.

Toran é um rapaz muito bonito, misterioso e encantador. Desde de sua primeira aparição na obra já me senti encantada por seus feitos. Dono de uma bondade imensa, o rapaz é capaz de mover rios e mares por quem ama. Fiquei arrepiada com sua força de vontade, e não posso deixar de citar que ele virou um dos meus mocinhos favoritos da literatura. Nele encontramos um cavalheirismo que já não se vê, além de exercer com vontade seu dever como amigo, filho, companheiro e trabalhador.

O momento em a vida deles se cruzam é incrível, dá para perceber que a autora pensou nos mínimos detalhes. Toran vem de um planeta que não é a Terra, então vocês podem imaginar o choque de Lúcia ao descobrir tal verdade. Além disso, Toran também possuí muitos segredos, e maneira em que os leitores e a própria Lúcia vão os descobrindo é de arrepiar. Eles possuem uma relação muito forte, e todos os desafios que encontram para ficarem juntos só aumenta esse laço. Juntos, Toran e Lúcia precisam enfrentar problemas entre os planetas, desvendar alguns mistérios, além de superar a inveja e ganância de personagens secundários.

Arthannya é o tipo de livro que sufoca por conta de tantas emoções, e confesso que quando cheguei na metade comecei a diminuir o ritmo da leitura, porque eu não queria que acabasse. Tudo é narrado com detalhes, mas não ao ponto de cansar quem está lendo. Através dos capítulos conhecemos as visões dos dois personagens, seus medos e ambições. Apesar de conter muitos detalhes, não encontrei pontas soltas e o tempo apresentado entre os acontecimentos acaba tornando-se real.

A escrita de Vera é envolvente, e seu vocabulário é extremamente amplo, o que me instigou bastante para continuar a leitura. Não me lembro de qualquer erro gramatical na obra, tanto pontuação e/ou tratando-se dos tempos verbais. Fiquei contente com a qualidade encontrada no decorrer do livro. Não foi a toa que a obra entrou para minha lista de livros favoritos.Optei por não descrever muito os acontecimentos que fazem parte da história, porque senti medo de soltar algum spoiler sem querer, e até mesmo porque sinto que o melhor em Arthannya é lê-lo sem saber o que esperar. Cada fato narrado, cada cena, cada tudo são explorados ao máximo, e garanto que o livro é uma caixinha de surpresas. Só lendo para entender esse sentimento tão bom!

Gostaria de agradecer a grande autora Vera Lúcia por tornar-se parceira do Procurei em Sonhos, por sempre ter se mostrado disposta para esclarecer dúvidas sobre a obra ou simplesmente bater um papo furado. E é claro, por nos presentear com uma história que emociona e encanta. Me sinto honrada por ter conhecido e vivido um pouco em Arthannya.