Esse é pra Cássia de tantos anos atrás. Pra uma Cássia que sofreu bullying na escola, e mesmo assim conseguiu se libertar. Pra Cássia que pensou que nunca mais poderia confiar em alguém, e encontrou tantos amigos ao longo do caminho, que encontrou sua metade e que também descobriu que sua mãe poderia ser uma grande amiga. Esse é pra Cássia que tinha vergonha de agir, de sentir e que pensava que sua opinião nunca seria levada a sério. É pra Cássinha que escrevia em um blog chamado Irma Bruxa, e que ficava brava quando falavam Irmã Bruxa (pois é, nem todos conheciam a revistinha Witch). É pra Cássia que, antes de ter se apaixonado pelo mundo dos livros, se apaixonou por uma novela e se identificou com uma banda. É pra Cássia que superou (mesmo depois de tantos anos) seus dilemas internos e que está prestes a realizar um dos grandes sonhos da sua vida.
Escrevo parte desse texto no dia 13/11/2023. Na próxima quinta-feira, dia 16, terei a oportunidade de assistir ao show do RBD. Sempre pensei que um dia existiria uma “turnê da saudade”, sempre existiu um pedacinho de esperança dentro do meu coração. Alguns meses atrás, quando anunciaram que iriam se reunir e fazer uma turnê, eu chorei. Chorei feito criança, e senti que finalmente minha vez tinha chegado. Afinal, quando eu era mais nova (na casa dos 12/13 anos) e RBD estava em alta, minha mãe não tinha condições de pagar um ingresso. E não a culpo, ela sempre fez o impossível para mim e para meu irmão. Enfim… Após o anúncio da turnê, eu fiquei ansiosa para conseguir comprar o ingresso. E só Deus sabe o sufoco que foi pra conseguir comprar meu ticket no site da Eventim.
E agora faltam poucos dias pra essa rebelde que vive dentro de mim realizar esse sonho. Se eu penso sobre isso, eu choro. Se eu assisto algum vídeo da turnê do RBD, eu choro. Estou a completa minhoca choroca, e arrisco a dizer que díficil es ser yo!! mas eu sei que é por um bom motivo. Tenho alguns medos a respeito de como serão as coisas no dia do show (calor, muvuca, possível arrastão na saída do estádio)…
Hoje é dia 17/11 e ontem finalmente realizei o meu grande sonho: assistir ao show do RBD. A Cássia mais nova, que tinha fotolog em homenagem ao RBD, que colecionou centenas de revistas, inúmeros posters e milhões de sonhos se sentiu realizada. Quando era mais nova, eu ficava horas e horas pesquisando e salvando no computador fotos da novela e da banda. Eu simplesmente lotava o computador com essas imagens, fazia inúmeras montagens e ficava pensando como seria o dia em que eu estivesse em show da minha banda preferida. Pois é, hoje me faltam palavras para descrever quão especial, único e importante foi esse momento. Fiquei na pista premium e pude ver diversas vezes minha banda favorita pertinho de mim, sem precisar assistir pelo telão. Infelizmente Dulce Maria e Anahí estavam doentes, mas mesmo assim elas fizeram um show espetacular. E ainda fiquei me perguntando: se doentinhas elas são assim, imagina só quando elas estão com a saúde 100%.
Todo o grupo foi magnífico e meu coração transbordou de alegria ♥ Foi uma noite mágica, inesquecível e intrínseca. Chorei feito criança, curti cada momento e ainda estou sem acreditar que vivi tudo isso
RBD me ensinou que nunca deveria parar de sonhar, que sempre deveria seguir meu coração e correr atrás da minha felicidade. RBD fez parte do meu crescimento, teve grande importância no desenvolvimento do meu caráter e da pessoa que sou hoje. RBD me salvou tantas vezes, me deu tanta força pra continuar, mesmo quando eu pensava que não ia dar conta.
Esse post e o show são em homenagem a Cássia de 12 anos que, em 2005, ganhou o primeiro CD da banda de presente de Natal e que um tempo depois ganhou uma gravatinha igual as que os personagem da novela usavam. Também é pra Tia Cáh Colucci Originale™, que se divertia e se emocionava assistindo a novela e imaginava como seria sua vida no Elite Way School. É pra uma menina que teve seu grupo de gatitas rebuleras, teve o coração partido e seguiu em frente. Mas todo esse sentimento também diz respeito a Cássia de hoje, que com seus 30 anos, sua gravata e uma estrelinha na testa, teve a oportunidade de sorrir e chorar nessa experiência tão incrível.